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L.C. Ferreira Word

Porque tudo o que conheço não chega, porque nunca direi vezes suficientes e porque sim...

L.C. Ferreira Word

Porque tudo o que conheço não chega, porque nunca direi vezes suficientes e porque sim...

Talvez de Hoje em Diante...

por lcferreira, em 05.06.11

 A minha aguarela agridoce

 Feita de sombra e de luz

 Geme com gemeria se fosse,

 Por eterna, minha cruz.

 

 A minha paleta privada

 É um arremesso da má-vontade

 Arremessada em mim, ó santificada

 Personificação da Verticalidade.

 

 Utopia, quem diria

 Que me achasse 'inda tão formosa e nova

 A bagagem que o ópio trazia

 Seriam os sapatos com que iria para a cova.

 

 Machadadas, machadadas, sempre machadadas

 O auto-de-fé mais frio e melhorado

 Nas costas, nas mãos, na voz, machadadas

 A limitar o voo conquistado.

 

 Lealdade a um nome que não se esquece

 Por um Povo que vive a viver fingir

 Um País que já não se parece

 Consigo mesmo, e se está a sumir.

 

 Por entre estas capas de Fado falso

 E esta onda do deixar andar

 A andar veloz para o cadafalso

 A minha aguarela vai-se a apagar.

 

 Glorifica-se o estado de analfabetar

 Que falar com modos é antiquado

 Os homens de amanhã vão acordar

 Ignorantes do poder do próprio legado.

 

 Um legado de bravos conquistadores

 Homens sedentos de aventura

 Poetas, fadistas, célebres navegadores

 De um tempo que não se perdura.

 

 A minha terra chora

 Pela estupidificação das massas

 Maldita que não chega a hora

 De (ó Portugal!) sacudir-te as traças.

 

 

Do Alto do Muro Cresce a Dor sem Porquê

por lcferreira, em 07.05.11

 Um minuto passou, depois outro e outros mais se seguiram. O relógio avançava, impiedoso.

 Não ligava para as lágrimas dela, para a dor estampada no seu rosto jovem. Não se condoía com o seu coração triste e amarrotado em desamor.

 Os minutos eram assim, uns após ou outros, sem parar o mundo, para que ele olhasse para aquela mulher, outrora menina, em cima de um muro, a chorar.

 

 E ela lá se quedava, abandonada pela flores, entregue à amarga solitude. Numa espera que não tinha porquê, em nome dum sentir que a traíra.

 

 O amor tinha-a traído, sem razão aparente, sem explicação possível. Era por isso que esperava, do alto do muro. Pela resposta a todos os seus porquê's.

 E embora ela soubesse, que saber não diminui a dor, ela não iria descer do muro, enquanto não soubesse porque havia o amor falhado.

 

 

?

por lcferreira, em 28.08.10

 Dúvidas, incertezas... Que dias mais me esperam, nesta angústia que enlouquece e ensurdece até não mais?...

 Para quando a hora de que todos falam, a do cair do pano fraudulento e das benesses de quem as espera em quase desespero?...

 

 Haja dias de um azul que aqueça o coração, que o livre das más memórias e o transporte, sereno e confiante, para longe dos rumores e boatos, das injustiças e falsidades, espelhos da futilidade.

 O breu que envolve o não saber, é de tal forma denso que se torna palpável, o seu cheiro entranha-se na pele, a sua penumbra nota-se no sombrolho franzido.

 

 Por hora, resta aguardar impacientemente, para que venha o dia de todas as decisões.

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