Até chegares
por lcferreira, em 01.08.10
Lá ao longe, onde nada perturba a paz de existir, ficou o meu coração. Guardado a sete chaves d'oiro e rubis. Rasguei o peito e saquei-o para fora, magoado que estava, mal batia, tinha de o resguardar do próprio sentir. Por trás dos vales e dos montes, a seguir ás cascatas de água doce, fica a caverna de todos os corações doridos, foi onde o escondi. Onde, por todas as mais válidas razões, o quis esconder para todo o sempre.
Aí se ficou por muito tempo até tu cruzares o meu caminho e as chaves se desfazerem em pó. Trago o coração no peito e no teu colo o guardo.