O Telefone caíu-me das Mãos
O telefone caíu-me das mãos que não param de tremer. Não consigo falar, balbucio e gaguejo, já não me conheço.
Mentes, és um monstro, um dos mais horríveis que encontrei. Como é possivel que possas me tratar assim e ainda dizeres que me amas? Mentiras, só vejo mentiras a escorrer de ti. Para o meu bem?! Se eu achasse que era para o meu bem, a iniciativa partiria de mim.
Não é o mais importante e isso não devia ser um problema desta grandeza. O amor e a dedicação que te dou, essas deviam ser o mais importante. A tua falta de confiança em mim é estapafúrdia e seria algo de que me riria se não doesse tanto. Não cometi os teus erros, não fiz nada de errado, não mereço isto.
Mal consigo ver as letras com que escrevo, as mãos não cessam de tremer e tu não atendes o telefone que me desligaste na cara e nas lágrimas. Não consigo parar de chorar, toda eu dói.
Só me apetece chamar-te nomes e mandar tudo fora, todos os dias destes dois anos. Tremo cada vez mais, não paro de chorar. Que vida é esta? O que andas a fazer-me? Estás a destruír-me, a derrubar-me, sabes que tenho tendências depressivas, estás a atirar-me para um poço de onde não sei se conseguirei sair. Monstro. Cabrão.
Fará se não me amasses...
