Entre( )Linhas e Pontos Finais
Eras tu ou era eu, que nos afundava a história e não deixava que ela se fizesse contar? Já não sei, já não me lembro, tenho nuvens nos olhos, tenho pedras no peito.
Queria ter-te como nunca te tive, sentir-te como se não houvesse mundo à nossa espera, essa parafernália de cousas que temos para fazer, para desfazer, para agendar.
Sinto-me um compromisso sem hora, um apontamento esborratado no calendário expirado, sem floridos, sem emoções.
Se esta história não se perdura, não é por falta de Amor. Será por falta de quê, então?
Não quero mudar mais, dar mais, dei que chegue, mudei bastante, que mais podes pedir?
Tenho sangue quente nas veias, não me vou desculpar por tal.
Não, não está a resultar. Nenhum de nós tem o que precisa, o que quer. E no entanto, amamo-nos.
E eu não sei se consigo começar de novo.